agosto 15, 2008

Pra quem gosta de comparações...

Acabo de Ler esse texto, e achei realmente interessante:


Semelhanças???


" Jason Voorhees, Freddy Krueger e Kimi Raikkonen
Segunda - 11/Agosto/2008

(SÃO PAULO) Que trio, hein? Jason, Freddy e Kimi são farinhas do mesmo saco. Você pode atirar, esfaquear, encher de pauladas e eles não morrem. Para quem não fez a associação imediata cabe explicar.

O primeiro é o personagem principal da série Sexta-Feira 13. O segundo estrela a Hora do Pesadelo. O terceiro é campeão Mundial de Fórmula 1. Nem pensem em me chamar de louco. Reparem, eles são idênticos. Vale dizer que o ator que interpreta Freddy Krueger é Robert Englund, californiano descendente de suecos. Kimi é finlandês, ambos escandinavos, portanto. Um a cara do outro. Jason usa máscara, mas reparem o olhar de Raikkonen nele.

Jason: Olhos de Raikkonen... O.O

Quem nunca viu um Sexta-Feira 13? A fórmula é sempre a mesma. Grupo de rapazes e garotas, muita bebida (calma Kimi, já chego em você), sexo e mortes. Os coitados, amedrontados, atiravam, esmurravam, explodiam e… nada. O cidadão sequer caía.

O que dizer sobre Hora do Pesadelo? Bem-humorado, o “zé do caixão” hi-tech era simpático, vez ou outra. Não era fácil livrar-se cedo.

Na Fórmula 1 então? Terreno de heróis e vilões. O apelido é de poderoso: Homem de Gelo. Mas o começo de carreira foi de vilão tradicional. Aquele que apronta mil e uma, parece o superior, até que na cena (ou curva) final algo acontece. O mal de Nurburgring ilustra bem isso. E, como Jason, jamais se abala. Não mexe um músculo.

O finlandês, no entanto, evoluiu. De vilãozinho meia-boca virou Jason, Krueger. Uma referência. Os três apanham e nada acontece. No fim, quando parecem mortos, surge algo. Já enterrados, colocam as mãos para fora da cova sugerindo uma continuação.

Lembrem-se apenas 2008. No GP da Austrália, a corrida de Raikkonen foi uma piada. E o homem somou ponto, mesmo depois do motor explodir. Rodava, errava e estava sempre na zona de pontos. Em Mônaco, depois da Ferrari atrapalhar sua vida, cometia erros, patinava e quando menos se esperava estava em quinto. Como Jason, fez uma vítima no fim, o pobre Sutil. Na chuva da Inglaterra errou demais. Como Massa, escorregava, mas não perdia a calma e seguia em frente. Acabou com cinco importantes pontos. O brasileiro em nenhum momento conseguiu brigar.

Em Budapeste houve mais um caso. Kimi apagado, dominado por companheiro e rivais. Enquanto todos ficaram pelo caminho, o finlandês mantinha a cabeça em ordem, sem desistir para terminar em terceiro.

Essa característica está longe de ser sorte. Trata-se de uma das maiores virtudes de Kimi. Vocês se lembram da reportagem de minha visita à Finlândia, aquele mecânico que sempre o acompanhou. Ele descreveu corrida de kart em Mônaco em que Kimi não desistiu jamais, mesmo depois de batida em Fernando Alonso na primeira curva. Kimi caiu para último, muito atrás, e ainda assim terminou em terceiro.

Com essa força, Kimi Raikkonen continua mais do que vivo na luta pelo título, o segundo de sua coleção. É melhor os rivais, Hamilton e Massa, abrirem sos olhos. Se deixarem para destruir Kimi no final, o finlandês pode mostrar a virtude dos “priminhos” famosos. Apanhar, sofrer e destruir todos os “mocinhos”. (...) "



Fonte: http://200.98.194.26/blogs/f1